O termo Mommy Burnout é utilizado para definir a exaustão e o estresse crônicos de mamães sobrecarregadas em sua rotina e função materna. Esse termo é derivado da Síndrome de Burnout profissional, no qual esse estado de tensão emocional e estresse são provocados por condições de trabalho extenuantes. No caso das mães com burnout, os transtornos não são causados apenas pela maternidade em si, mas pela maneira como esse momento está sendo vivido pela mulher e pela sua família.
A maternidade traz consigo uma reponsabilidade “para o resto da vida e em todos os momentos da vida”, o que pode gerar também uma preocupação constante e por vezes angustiante.
Além de ser um momento por si só difícil, a mulher está lidando com alterações hormonais e fisiológicas corporais e cerebrais. Longos períodos de sono intranquilo, novas atribuições e muita expectativa em relação às mudanças desse novo momento da vida podem causar um mommy burnout.
No entanto, o burnout não se trata apenas de cansaço. O cansaço é um dos fatores, apenas. A mãe esgotada fica fissurada nas suas tarefas diárias, desesperada por dar conta de tudo. Pequenos problemas podem ser o gatilho para o desequilíbrio emocional e o sofrimento consequente deste. Sentir-se cansada ao final de um longo dia é natural, desde que a exaustão não vire rotina, atrapalhando as demais atividades e fazendo com que a mãe perca seu interesse e motivação por coisas que antes gostava de fazer.
O burnout materno possui alguns sintomas: sentimento constante de culpa, pessimismo, exaustão, sentimento de fracasso e de impotência, irritabilidade, falta de interesse, motivação e propósito, falta de prazer no cuidado com os filhos.
Claro que esses sintomas podem fazer parte de nossas vidas em determinados momentos, por isso é preciso atenção a intensidade e frequência desses sentimentos e ficar atenta quanto ao momento de buscar ajuda profissional.
Mommy burnout é um processo que a maioria das mamãe irão passar. Tem um ditado que diz: “É preciso de uma tribo inteira para cuidar de uma criança”, mas também “É preciso de uma tribo inteira para acompanhar a mamãe”. Por isso ter uma rede de apoio sólida é imprescindível para que as mamães possam passar por esse momento de vida, de forma mais tranquila.
A rede de apoio auxilia não apenas nas tarefas diárias mas também nos aspectos emocionais que estão envolvidos.
Abaixo exploraremos algumas “dicas” sobre como a Rede de apoio pode auxiliar as mamães:
1. Estabelecer claramente quem realmente é a sua rede de apoio. Em quem confia? Com quem se sente à vontade?
2. Pedir e aceitar ajuda. A mamãe não precisa (e nem consegue) dar conta de tudo sozinha. Dividir as tarefas da casa e os cuidados dos filhos não é um sinal de fraqueza ou de minusvalia.
3. Compartilhar seus sentimentos e apreensões. A presença de outras mães pode tornar esse período mais leve. Conversar com quem está passando pelo mesmo momento por si só pode ser terapêutico e enriquecedor.
4. Buscar espaços de vivência. Mesmo em tempos de pandemia, isso é possível de forma online. Rodas de conversa, vivências terapêuticas de dança com o bebê são algumas das opções atuais.
5. Manter relacionamentos fora do seu grupo de maternidade. Tenha amigos para sair de vez em quando, tomar um café, ir a um parque e jogar conversa fora sobre assuntos que não sejam apenas fraldas, filhos e mamadeiras. Lembre-se além de mamãe, você continua sendo uma “pessoa”.
6. Lembrar dos “3 autos”: Auto cuidado, auto gentileza, auto acolhimento. Lembre-se a máscara de oxigênio deve ser colocada na mamãe primeiro e depois poderá colocar no filho e ajudar os demais familiares. Reserve um tempo só para você! Coisas simples do dia a dia podem fazer toda a diferença. Tomar um bom banho, colocar uma roupa ou perfume que te faça sentir bem, ler um livro, se exercitar ou apenas ficar sozinha e em silêncio. Aproveite as outras pessoas que podem dar uma olhadinha nos pequenos e use o tempo para você.
Esperamos que essas dicas possam ajudar as mamães e as futuras mamães a passar de forma mais tranquila por esse momento de vida e que assim possam agregar muitos aprendizados pessoais e sobre a vivência humana.
Se vocês tem dicas ou gostariam de relatar as suas experiências, por favor, compartilhem conosco!
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