O funcionamento do intestino, conhecido como hábito intestinal, é variável de uma pessoa para outra. Então, como saber se o seu hábito intestinal é normal?
As características que devemos observar são:
– Frequência: a frequência normal de evacuação varia de três vezes por semana a três vezes por dia.
– Consistência das fezes: A consistência ideal é de pastosa e moldável, devendo se adaptar ao canal do ânus sem machucar. Devemos cautelar com alterações da consistência: endurecidas ou amolecidas e aquosas. Também é importante observar a presença alimentos não digeridos.
– Odor: por possuírem materiais decompostos é normal o odor das fezes ser desagradável. Entretanto, quando esse odor está maior do que o característico pode indicar sangramentos, infecções ou inflamações.
– Coloração: a coloração normal das fezes é marrom de diferentes tonalidades. Devemos atentar a fezes muito claras, amareladas, brilhantes, esverdeadas, enegrecidas, ou que contenham sangue, muco ou pus visível.
– Dor: o momento da defecação não pode ser difícil e doloroso.
Se você tiver qualquer alteração no seu hábito intestinal, agende uma consulta médica.
Meu intestino é preso. E agora?
A constipação é a queixa gastrintestinal mais comum na população geral. É referida pelas pessoas como alguma dificuldade com a evacuação e, em geral, é associada a alguma alteração do hábito intestinal. Estudos recentes e criteriosos estima que a prevalência de constipação na população é aproximadamente 25%.
É um problema mais comum em mulheres (37,2%, versus 10,2% nos homens), em pessoas não brancas, com mais de 65 anos, que possuem baixa renda, com baixo nível socioeducacional e em pessoas que não praticam atividades físicas.
Alguns hábitos que nos auxiliam na busca por um funcionamento mais adequado do intestino são:
– Alimentação: Alimentação adequada é fundamental para o bom funcionamento dos intestinos. Alimentos ricos em fibras, como cereais, verduras e frutas, devem ser ingeridos diariamente, porque facilitam a formação do bolo fecal. Evitar alimentos que são fatores de risco para a constipação: frituras, carne vermelha, alimentos gordurosos, leite e queijos.
– Mastigação: Não existe um número pré-determinado nem fixo de mastigações. Tudo depende do tipo de alimento ingerido. Obviamente, ele deve ser bem mastigado antes de ser deglutido. Sua consistência deve ser pastosa para que as substâncias envolvidas no processo de digestão possam atuar efetivamente.
– Líquidos: Para que as fibras alimentares fluam adequadamente ao longo do intestino é imprescindível que tenhamos uma ingesta adequada de líquidos no nosso dia a dia. Indica-se em média 2 litros de água por dia.
– Exercício Físico: realizar exercícios físicos regularmente estimula os movimentos intestinais